
Alguns motivos me levam a pensar: o que se passa na cabeça de uma pessoa, a partir do momento em que ela decide “ser quem é”? De legal, pra fútil. De amiga, pra conhecida. E de amor, pra pena. É isso que eu sinto de pessoas assim. Que ontem teve tudo, e hoje não tem nada.
Ontem tinha amizades sinceras, de pessoas que realmente a amavam. E hoje, passa despercebida por essas consideradas “amigas” e não lembra o nome. Larga tudo pra viver numa vida de ilusões, onde o dinheiro é o que separa os tais “amigos” por níveis.
Ricos. Mais ricos. Podres de ricos.
São assim que eles são separados, e a partir de seus níveis que ganham a atenção merecida. E a cada semestre, conhece algum melhor amigo novo, mais rico, e troca tudo por ele.
Jura a própria vida, se divertem, trocam presentes, dividem segredos, vivem tudo que uma verdadeira amizade permite. Menos uma coisa, que é a mais importante: a eternidade.
Mais algum tempo e outra pessoa toma o lugar de quem, até então, estava no topo.
Nada explica essa mudança imediata, de uma vida rica de sentimentos, para uma vida rica de poder, luxo, inimizades, brigas, etc.
Pra quê ter um relógio de marca, se as horas passam mais depressa quando os bons momentos não são bem aproveitados com boas amizades?
Pra quê estudar em uma escola cara, se é na vida que se aprende o mais importante? Que é o caráter.
Pra quê ter tudo, e ao mesmo tempo não ter nada?
Pra quê fingir que é, se na verdade não passa de uma pessoa normal?
Aonde que esse mundo vai parar? Aonde foi parar a consciência das pessoas, que ao invés de dá valor a coração, se importa mais com a conta bancária e bens materiais?