24 de jul. de 2010

A sua partida...



Os lenços de papel molhados e jogados pelo chão do quarto revelam sua recente partida. O cenário no qual me vejo, parece um pouco natural.
Natural para quem só tem um pensamento... Minhas mãos úmidas deslizam pelo teclado do notebook, passando foto por foto, lembrando todos os momentos, todas as palavras ditas. E as não ditas, apenas transparecidas pelo nosso olhar, que quando encontrados me trazem milhões de sentimentos, todos de uma só vez. Um choque elétrico percorre por minhas veias e me faz tremer. Literalmente é a melhor sensação do mundo.
Com o coração disparado e as mãos trêmulas e geladas, eu tento te dizer o quanto senti tua falta, o quanto fico feliz em te ver, e o quanto rezarei para você voltar... E no último abraço, antes de te ver partir, tentei te fazer entender o quão grande é meu sentimento e o quanto tua ausência dói em mim.
Vi-te partir, mas não queria isso. Eu tive que deixar, pois confio em você mais que em qualquer pessoa, e sei que quando eu precisar, você vai estar aqui. Se não for fisicamente, será mentalmente. E aí eu vou sentir tudo novamente. Todas as emoções, toda a corrente elétrica em minhas veias e lembrarei-me de como todos os minutos com você me fizeram bem.

14 de jul. de 2010

Aos que me fizeram feliz...

Idolatro quem não sabe que existo. Gasto todo meu dinheiro com eles. Passo noites sem dormir, pensando em como vai ser minha próxima vez com eles. Passo noites no aeroporto sem comer, dormir, beber água, etc. Passo frio e vergonha. Defendo. Orgulho-me. Voto. Amo. Vivo por eles.
E se isso for considerado idiotice, estou no pódio dessa categoria.
Não me envergonho e luto com unhas e dentes para vê-los em primeiro lugar sempre.
Pra quem me julga por isso, eu só tenho a lamentar...
Nada disso vai mudar meus sentimentos por eles.
O tempo fará seu papel e deixará apenas boas lembranças da minha adolescência...
Eu vou rir muito lembrando do que fiz e pensando: “faria tudo de novo... eu era feliz!”
Vou lembrar de todo dinheiro que gastei comprando CDs, DVDs, revistas, pôsteres, camisas, ingressos para show e tudo mais que juntando, daria pra comprar um carro. Mas eu não compraria o carro, compraria minha felicidade... A felicidade que estava quando eu via meus ídolos ganhando mais um prêmio por milhares de CDs vendidos, e eu pensaria: “contribui pra isso”.
A felicidade de estar frente a frente a eles, tremendo, chorando e tentando falar alguma coisa, sem muito sucesso...
Vou lembrar-me da primeira vez em que eu os vi, o quão nervosa fiquei, e das lembranças que guardo disso...
Mesmo não querendo acreditar, eu sei que um dia isso tudo vai mudar. Eles vão parar de aparecer em revistas, a freqüência de gravação de CDs e DVDs vai diminuir, os shows se resumirão em poucos ao mês... Mas eu nunca vou esquecer esse meu tempo...
O melhor tempo da minha vida, o que eu passei ao lado das pessoas que mais me fizeram feliz mesmo sem saber...
Lembrarei desses dias de ansiedade, quando faltava apenas uma semana para o show e da minha cara de boba ao ouvir algo como “obrigada” saindo da boca de um deles.
De todas as músicas que marcaram minha vida, sem exceção. Cada uma com seu trecho mais marcante. Que me lembrarão um amor, um amigo, uma dor, uma perda, um sentimento reprimido, uma alegria, uma viagem, um momento.
Cada uma participou de um jeito especial na minha vida, e é só lembrando esses momentos felizes que eu poderei concluir que eles estavam comigo em todos os momentos, sem me abandonar, sem me fazer desistir e me dando forças quando isso passava pela minha cabeça.
E hoje, eu só tenho a agradecer a eles tudo que me proporcionaram e também gostaria de dizer que eles estarão comigo na maior parte do tempo que eu puder carregá-los. SEMPRE.
Prometo que estarei aqui nos piores momentos, assim como estive nos melhores.
Não me importo em ser tachada de ‘retardada’ por isso, só me importo com as boas lembranças que levarei desse tempo que não vai mais voltar.
Então deixe-me aproveitar o máximo que eu puder, ele não vai durar pra sempre.

8 de jul. de 2010

...

“Não. Você nunca vai conseguir me mudar. Independente do que fizer, nunca vai fazer com que eu mude atitudes e opiniões por você. Tenho minha vida e sei cuidar dela sozinha, sem precisar de ninguém dando palpites ou dizendo o que está errado. O problema é que eu não acho errado. O problema é que eu dou liberdade demais para ass pessoas se acharem no direito de criticar o que eu faço ou deixo de fazer.”

Acho interessante o comportamento do ser humano. É engraçado.
Vivem reclamando que estão cheios de problemas, que a vida é injusta e coisas boas não acontecem...
Mas será que essas pessoas já se deram conta de que se sua vida é tão cheia de problemas, porque interferir no problema do próximo? Ao invés de cuidar apenas dos seus, que são tantos, pois não?
E talvez as coisas boas não aconteçam pelo simples fato de não correrem atrás. Se preocupam tanto em azarar a felicidade alheia, que se esquecem da própria felicidade, culpando a inocente vida por não colocar alegrias sozinha.
E ainda há aqueles criticados que se deixam levar... Preocupam-se com o que dizem a seu respeito e esquecem de viver... Isso é tão errado, é tão comum...
O medo de ser julgado por colocar um piercing, uma tatuagem ou até de usar uma roupa diferente, impede que desejos concretizem-se. Rótulos são coisas pra desocupados.
Desocupados que perdem o precioso tempo de sua vida falando dos outros, tentando entender porque Fulana se veste assim tão diferente de todo mundo? Porque ela age assim?
Apenas porque Fulana é Fulana... Ninguém é igual a ninguém para ser obrigado a se vestir do mesmo jeito, a agir do mesmo jeito. Fulana tenta ser o que ela sempre quis, mas por puro preconceito ela não consegue ser, e acaba morrendo sem ao menos ter vivido tudo que queria. Queria ter feito uma faculdade de jornalismo, mas os críticos falaram tanto que ela iria morrer de fome com a falta de oportunidades para tal profissão, que Fulana acabou fazendo Engenharia e vivendo infeliz.
Fulanas não faltam ao mundo... O que faltam são vulgos CORAJOSOS que vivem a vida da maneira que quer, da maneira que ela é pra ser vivida.
Fazem o que querem se preocupar com rótulos e criticas, e o melhor de tudo, sem criticar os outros.

Fulana sou eu. E eu não vou deixar de fazer o que quero, o que gosto, por criticas de amigos e familiares.
Quero ser jornalista sim, e se eu morrer de fome, morrerei feliz, pois tentei viver do meu jeito.
Não há padrão de vida, e sim um jeito que todos usam para não parecer diferentes.
E o que diferencia “Fulana” das outras pessoas é isso, porque ela não vive no padrão.
Fulana é diferente.